Eu sou o tipo de mulher que carrega na bolsa muito mais do que as outras costumam carregar, sou do tipo que apoia nos ombros muito mais do que as outras costumam apoiar. Eu levo na bolsa meus traumas, minhas memórias e minhas histórias, eu apoio nos ombros as consequências de todas as minhas escolhas mal-feitas.
Eu sou o tipo de mulher que gostaria de mudar o mundo, mas não consegue nem re-educar um cachorro, que acha o príncipe um ótimo partido, mas não gostaria de lidar com sua maldita perfeição, eu sou do tipo de mulher mais seletivo do mundo, mas sismo em me relacionar com quem tem tendencia ao declínio.
Eu me olho no espelho e quero mudar o cabelo, comprar roupas novas e quiçá um brilho para o olhar, troco de sapato várias vezes, mas não mudo o colar. Eu me olho no espelho e vejo um passado que me atormenta como um fantasma, um futuro nublado e uma lista de desejos que morro de vontade de realizar.
Eu fui uma criança, uma menina, uma garota e agora estou absorvendo todo o aprendizado que me é oferecido para ser uma mulher.
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